VÍCTOR SEPÚLVEDA CARRASCO

(    CHILE   )

Ano de nascimento: 1954. 
Vive en El Salvador, región de Atacama, Chile.

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

BENDITO SEA TU CUERPO. Resumen del 1er Concurso Mundial de Poesia Erótica – Perú, 2007.  Compilador: José Guillermo Vargas. Lima, Peru: Ediciones Ventana Andina, 2008.  358 p.   15 x 21 cm.  No. 10 735                       Ex. biblioteca de Antonio Miranda

HABÍTAME

Que te seré un oasis en medio del desierto,
una ínsula extraviada en la inmensidad de los océanos.
Que te salve una selva diminuta
en los paisajes selenitas.
Contradicción absoluta, pasión sobre razón,
con sesgo terco y furibundo,
seré siempre para ti.
Ven, habítame,
que tus labios de escarcha se harán mil trizas,
en mis rebeliones iracundas.
Descubrirás que tu sangre es ocre y temblarás de miedo.
Te perderás en lo inaudito, cuando mis estocadas
te destrocen las entrañas.
Y el silencio eterno hará cadáver de nosotros,
tras las erupciones incontables de tu alma de volcán.

Habítame, para que tus carnes blancas enrojezcan,
para que los tizones encendidos nos emulen los infiernos,
aunque todo nos parezca celestial,
que no hay pecado más hermoso
que el de aquellos que se saben
ignorantes de sus culpas.

Habítame,
que yo te contendré,
que te izaré en silencio hasta las cimas del espacio,
que te fundiré en mis fuegos, y haré líquida
tu alma de metal,
para que mi daga de acero sea sopa
en las fraguas de tus abismos palpitantes.

Habítame,
de una vez por todas.
Para hoy y para siempre,
habítame.

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

HABITA-ME

Que serei teu oásis no meio do deserto,
uma ilha extraviada na imensidão dos oceanos.
Que te salve uma selva diminuta
nas paisagens selenitas.
Contradição absoluta, paixão sobre razão,
com viés teimoso e furibundo,
serei sempre para ti.
Vem, habita-me,
que teus lábios de geada se tornarão mil pedaços,
em minhas rebeliões iracundas.
Descobrirás que teu sangue é ocre e tremerás de medo.
Te perderás no inaudito, quando mis estocadas
te destruam as entranhas.
E e o silêncio eterno fará cadáver de nós dois,
atrás das erupções incontáveis de tua alma de vulcão.

Habita-me, para que tuas carnes brancas avermelhem,
para que as pragas acesas nos imitem os infernos,
embora tudo nos pareça celestial,
que não há pecado más formoso
que o daqueles que se reconhecem
ignorantes de suas culpas.

Habita-me,
que eu te conterei,
que te içarei em silêncio até as alturas do espaço,
que te derreterei em meus fogos, e farei líquida
tua alma de metal,
para que meu punhal de aço seja sopa
nas forjas de teus abismos palpitantes.

Habita-me,
de uma vez por todas.
Para hoje e para sempre,
habita-me.

*

VEJA e LEIA outros poetas do CHILE em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/chile/chile.html

     Página publicada em abril de 2024.